A inútil tarefa de Sísifo - Von Stuck 1863/1928
I
- parte
Quando
o pássaro que cantava,
Em
minha varanda voou.
A
esperança que sustentava sonhos,
Em
um tom esquisito ficou.
Já
era fim de um período, buscava em tudo,
Um
simples gesto, um sorriso.
Atemorizado
pela estranha provocação,
Busquei
linguagem, de tudo, no nada.
Abri
a janela para o Sol,
Fechei
as costinas para a tristeza
Escutei
a voz do diplomata,
Calei
o Ódio e toda Hipocrisia.
Peguei
caneta e papel,
há
muito tempo eu não fazia.
A
caneta estava sem tinta,
O
papel em branco ficou.
Só
restava vivenciar pensamentos,
Que
partilhei, certo dia,
O
que imagina, não escrevia
E
tudo que pensava dizia:
“Deixei
de vez de escrever poesia”
II
– Parte
Hoje
escrevo tudo e suspiro o alívio,
Alegria
que tudo quanto passei,
já
não é mais nada, foi apenas um momento,
Que
era novo, hoje eu sei.
a
vida não é só poesia, alegria.
Tem
momentos que a dor invade,
Levando
a alma a gemer.
Não
vale a pena anestesiar, ele serve.
Para
extrair do bagaço o mel,
Das
conclusões que surgem novas,
Tirar
a sabedoria que convém !!!
Dony
Moreira 03/02
Dony, sabiamente Osho nos diz: "Nunca tenha medo das lágrimas" e isso porque existe um eterno conflito dentro de cada um de nós - falsos conceitos, dores e muitas vezes tentamos julgar o que meramente conhecemos - nós mesmos! Então, me lembro das palavras de Krishnamurti "A verdade é uma Terra sem caminho,a libertação não é uma reação, nem tampouco uma escolha - ela reside na percepção do mundo à nossa volta.O pensamento é o TEMPO e limitando esse pensamento vivemos em conflito." A sua verdade, só você a descobre e por conseguinte liberta-se do passaado e dá vida a sua poesia. BELA em sua essência. Bjs,______________LL
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